A Importância do Acompanhante Terapêutico para Crianças Autistas na Escola

A inclusão escolar de crianças autistas representa um avanço significativo na educação e na sociedade como um todo. No entanto, para que essa inclusão seja efetiva e benéfica, é essencial a presença de um acompanhante terapêutico (AT) durante o período escolar. Este profissional desempenha um papel crucial no desenvolvimento e na adaptação da criança ao ambiente educacional, promovendo uma experiência de aprendizado mais rica e acessível.

O acompanhante terapêutico é um aliado no processo de ensino-aprendizagem, atuando diretamente com a criança autista para facilitar a comunicação, a interação social e a participação nas atividades propostas. Com uma abordagem individualizada, o AT considera as particularidades de cada criança, respeitando seus tempos e modos de aprender.

A Lei Berenice Piana (nº 12.764/12), por exemplo, institui os direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias em várias esferas sociais. De acordo com essa lei, todo aluno autista que demonstre dificuldades acentuadas de convívio social e manejo comportamental tem direito a um acompanhante especializado em sala de aula. Esse profissional pode exercer funções como tutor, mediador ou professor auxiliar, dependendo das necessidades da criança.

O acompanhante especializado deve auxiliar nas atividades essenciais do aluno, incluindo comunicação, interação social, locomoção, alimentação e cuidados pessoais. Além disso, a lei federal 12.764/12, complementada pelo Decreto 8.368/14, determina que a atuação desse profissional é obrigatória quando o autista apresenta dificuldades nas atividades escolares desenvolvidas, cabendo a ele ministrar e intervir sempre que surgirem necessidades próprias no âmbito escolar.

Vale lembrar que os custos financeiros decorrentes da contratação e manutenção desse profissional devem recair sob a responsabilidade exclusiva da escola, ficando a família absolutamente isenta de qualquer despesa nesse sentido. Essa legislação visa garantir a inclusão e o suporte adequado para crianças autistas no ambiente escolar.

Além disso, o acompanhante terapêutico serve como um elo entre a escola, a família e outros profissionais envolvidos no cuidado da criança, como terapeutas e psicólogos. Essa integração é fundamental para criar um plano de ação consistente que atenda às necessidades específicas do aluno, garantindo um suporte contínuo e especializado.

A presença do AT na escola também contribui para a sensibilização e capacitação dos educadores e demais alunos, promovendo um ambiente de respeito, inclusão e valorização das diferenças. Ao compartilhar estratégias e conhecimentos sobre o autismo, o acompanhante terapêutico ajuda a construir uma comunidade escolar mais informada e preparada para acolher a diversidade.

Em suma, o acompanhante terapêutico é uma figura indispensável no contexto educacional de crianças autistas, assegurando que a inclusão vá além da presença física na sala de aula. Ele é um facilitador que promove o bem-estar, a autonomia e o progresso contínuo dos alunos.

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