Desigualdades no Mercado de Trabalho com relação às Pessoas com Deficiência no Brasil

Um relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que as pessoas com deficiência ainda enfrentam grandes barreiras no acesso ao mercado de trabalho no Brasil. Os dados referentes a 2019 apontam para uma situação preocupante. Apesar dos dados serem do ano de 2019, a realidade com relação a pesquisa se mantém.

A taxa de participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho era de apenas 28,3%. Isso significa que, a cada dez pessoas com deficiência que buscavam emprego, sete estavam fora do mercado de trabalho. Em comparação, a taxa de participação das pessoas sem deficiência era de 66,3%.

Quanto ao salário, a disparidade também é grande. O salário médio das pessoas com deficiência era de R$ 1.639 mensais, enquanto o rendimento médio das pessoas sem deficiência era de R$ 2.619. A renda do primeiro grupo representa apenas dois terços do segundo. Essa disparidade salarial reflete a desigualdade no acesso a qualificação profissional, oportunidades e empregos para pessoas com deficiência.

A disparidade com relação a forma de trabalho também se mantém em um grau relativamente grande, tal como os demais dados. Apenas 34,3% das pessoas com deficiência em atividade possuíam emprego formal (com carteira assinada). Em contraste, a proporção era de 50,9% entre aqueles sem deficiência.

A informalidade ainda é a realidade para muitos trabalhadores com deficiência. E isso é explicado por vários fenômenos. Mesmo que nos últimos anos diversas ações tenham sido feitas para oferecer melhorar o acesso de pessoas deficientes ao ensino de qualidade, profissionalização e entrada no mercado de trabalho, ainda há muita resistência entre empresas e instituições de ensino.

Em 2019, o Brasil tinha 17,2 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa 8,4% da população. Essa é uma parcela relativamente grande da população brasileira que acaba sendo negligenciada em diversas áreas de suas vidas.

Fonte: MDH

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